Uma das mais importantes ferramentas da biologia moderna, os
microscópios foram responsáveis por grandes descobertas relacionadas à
vida. Estes aparelhos, que permitem a observação de materiais invisíveis
a olho nu, possibilitaram ao homem explorar um mundo tão amplo e
desconhecido quanto o próprio universo, proporcionando avanços nos
conhecimentos sobre os seres vivos, nas pesquisas biomédicas e
diagnósticos médicos.
Desde sua invenção no século XVII, os microscópios passaram por
evoluções que os tornaram mais potentes e precisos. Tecnologias ópticas
especiais foram desenvolvidas para proporcionar uma observação mais
clara e reveladora. Os aprimoramentos foram aplicados, principalmente,
aos sistemas de iluminação e nos tipos de luz que atravessam os
espécimes. Hoje, existe uma grande variedade de tipos de microscópio
para diferentes tipos de aplicações, divididos entre três categorias
principais: a microscopia de luz, microscopia eletrônica e a microscopia
de ponta de prova.
Conheça um pouco sobre os tipos de microscópios existentes:
Microscopia de luz
Também chamada de microscopia óptica, a microscopia de luz combina
métodos tradicionais de formação de imagem com princípios de aumento de
resolução, permitindo a observação de detalhes de até 200 nanômetros. Os
microscópios ópticos são, geralmente, utilizados em laboratórios de
análises e se dividem em:
1. Microscópio ultravioleta
Neste tipo, utiliza-se a radiação ultravioleta, que tem um
comprimento de onda para a luz visível, melhorando o limite de
resolução.
2. Microscópio de fluorescência
A observação dos espécimes é feita através da fixação de substâncias
fluorescentes (fluoro e cromos), que, ao receberem luz, podem ser
observados através do brilho gerado.
3. Microscópio de contraste de fase
Transforma diferentes fases dos raios de luz em diferenças luminosas,
permitindo a observação dos espécimes através do contraste gerado.
4. Microscópio de polarização
Constituído por dois prismas – um polarizador e outro analisador –
este tipo de microscópio é utilizado na observação de materiais
birrefringentes (estruturas anisotrópicas, com índices diferentes de
refração como os ossos, músculos, fibras, cabelos, etc.).
Microscopia eletrônica
Os microscópios eletrônicos utilizam, em vez da luz, um feixe de
elétrons, para iluminar a amostra, combinado a lentes eletrostáticas e
eletromagnéticas. Sua capacidade de ampliação é superior a dos
microscópios de luz, atingindo um nível de resolução de 0,2 nanômetros.
Os tipos principais são:
1. Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV)
Capazes de produzir imagens em alta resolução, estes microscópios
ampliam em até 100 mil vezes objeto e permitem obter imagens
tridimensionais, sendo bastante utilizados para a observação da
estrutura superficial da amostra.
2. Microscópio Eletrônico de Transmissão (MET)
Este tipo permite examinar detalhes ínfimos, ampliando o objeto em
até um milhão de vezes. Seu funcionamento consiste na emissão de um
feixe de elétrons que interage com a amostra enquanto a atravessa,
formando uma imagem aumentada. Para a observação neste tipo de
microscópio é necessário que o material seja cortado em camadas bem
finas.
Ao contrário da microscopia óptica, este tipo não utiliza lentes de
vidro, mas sim ponteiras de vidro com alta sensibilidade à superfície da
amostra, permitindo a formação de uma imagem com informações
tridimensionais. Além da grande resolução, os microscópios que utilizam
essa tecnologia podem medir características como dureza e elasticidade
do material.
Todas as informações foram retiradas do site Prolab
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