sexta-feira, 15 de julho de 2016

Variação do Volume da Gota

Influência do tamanho da gota

O tamanho da gota é influenciado por vários fatores incluindo a densidade do líquido, temperatura, tensão superficial, diâmetro e abertura da extremidade do gotejador e do ângulo de gotejamento.

Como as cinco primeiras influências são comuns durante o gotejamento de um reagente, o único fator humano capaz de variar o tamanho da gota é o ângulo de gotejamento.

Para tanto, é necessário que, para se ter uma gota de tamanho igual, se padronize o ângulo de gotejamento. Este ângulo deve ser de 0°, ou seja, o frasco gotejador ou conta gotas deve estar perpendicular ao recipiente que receberá a gota. 



Aumento progressivo do volume da gota com o aumento do ângulo de inclinação do conta-gotas.

O volume da gota é proporcional à inclinação do frasco ou do conta-gotas.
 
 
 
 Posição correta do frasco ou do conta-gotas.
 
Todas as informações foram retiradas do site da Bioclin.

Uso Correto de Pipetas

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AQUI 

Coleta de Sangue Capilar

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Cuidados básicos com o microscópio

Como a maioria dos microscópios existentes em laboratórios ou centros de pesquisa são do tipo “Standard”, separamos abaixo algumas dicas básicas relativas a esse modelo, englobando cuidados de limpeza, armazenamento, entre outros
Caso o microscópio por você utilizado não seja do tipo “Standard”, recomenda-se o auxílio de especialistas para a realização das dicas abaixo, dado que diferenças fundamentais podem existir entre os modelos.

A limpeza dos microscópios é bastante criteriosa e requer cuidados específicos.

Limpeza

Como é da parte óptica do microscópio que depende o seu mais perfeito funcionamento, sua limpeza deve ser realizada de maneira bastante criteriosa. Abaixo, os materiais que podem ser utilizados no processo de limpeza:

• Algodão;
• Solução de limpeza, composta por: 50% éter sulfúrico PA, 50% clorofórmio PA;
• Borrifador;
• Cotonete caseiro;
• Panos limpos, que não soltem fiapos e de tecido macio;

O processo de limpeza é iniciado limpando, primeiramente, os vidros e espelhos da base, depois da lâmpada, até chegar-se nas oculares. Caso observe a presença de fungos, utilize água oxigenada 10 volumes.

Para a limpeza das manchas de gorduras presentes nas lentes, execute o mesmo procedimento acima, todavia usando a solução de limpeza. Já as lentes de acrílico ou plástico, bem como os filtros, não podem ser limpos com a solução descrita acima, assim, utiliza-se álcool etílico.

Vale destacar que, para que não ocorra depósito de poeira, as peças desmontadas durante o trabalho de limpeza devem ser deixadas sobre panos limpos.

Armazenamento

Quando não estiver sendo utilizado, o microscópio deve receber cuidados especiais para evitar a formação de fungos. A melhor opção é mantê-lo em um ambiente com ar condicionado ligado.

Caso isso não seja possível, uma caixa especialmente produzida em acrílico ou madeira, com aberturas para circulação de ar e um soquete interno com lâmpada são as melhores indicações. Salienta-se que a lâmpada deve permanecer ligada enquanto o microscópio estiver no interior da caixa.

Todas as informações foram retiradas do Blog da Prolab

Normas da Anvisa para laboratórios

Em decorrência da própria natureza dos serviços realizados nos laboratórios, as pessoas que neles executam suas funções profissionais estão sujeitas a muitos riscos biológicos ou a riscos de contrair infecções severas em decorrência da exposição a diversos agentes patogênicos.

Assim, deve-se ressaltar que ocorrências de infecções adquiridas em laboratórios não se limitam somente a laboratórios de microbiologia, uma vez que muitos são os casos ocorridos também em laboratórios químicos, biotecnológicos e físico-químicos.

 
O laboratório deve estar apto para assegurar os resultados das análises.
É exatamente por essa razão que existem conselhos gerais e regras diversas, cuja intenção é o estabelecimento de normas de segurança para aplicação em laboratórios. Desta forma, a ANVISA, em sua Diretoria Colegiada Resolução – RDC 11, de 16 de Fevereiro de 2012, define:

“CAPÍTULO II

DAS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS E DE GESTÃO

Seção I

Da organização e gestão do laboratório

Art. 5º Os laboratórios objeto desta Resolução devem possuir licença sanitária atualizada de acordo com a legislação sanitária local, fixada em local visível ao público.

Parágrafo único. Os estabelecimentos integrantes da Administração Pública ou por ela instituídos independem da licença para funcionamento, ficando sujeitos, porém, às exigências pertinentes às instalações, aos equipamentos, à aparelhagem adequada e à assistência e responsabilidade técnicas, aferidas por meio de fiscalização realizada pelo órgão sanitário local.

Art. 6º O laboratório deve contar com responsável técnico, legalmente habilitado, em número e qualificação necessários para atender seu escopo, especificidade e complexidade de atividade.

Art. 7º A alta direção do laboratório deve garantir:

I – definição e aplicação de uma política da qualidade;
II – infra-estrutura e condições adequadas, compatíveis com a demanda e que garantam a qualidade das análises e a salubridade do trabalho;
III – recursos humanos em número e com qualificação adequados para o correto desempenho das atividades, devendo a qualificação considerar a formação, capacitação, experiência e habilidades demonstradas;
IV – recursos materiais suficientes e adequados às atividades;
V – estrutura organizacional formalizada e responsabilidades claramente definidas;
VI – procedimentos para assegurar que a gerência e o pessoal não estejam sujeitos a influências comerciais, políticas, financeiras e conflitos de interesse, que possam afetar adversamente a qualidade, confiabilidade e imparcialidade do trabalho;
VII – procedimentos e evidências para prevenir, minimizar ou eliminar o dano ao ambiente, à saúde humana, animal e vegetal causado pelas atividades realizadas, atendendo legislação pertinente; e
VIII – rastreabilidade dos resultados analíticos.

Art. 8º O responsável técnico deve garantir:

I – planejamento que atenda às necessidades de recursos materiais e de pessoal para o desenvolvimento das atividades;
II – confiabilidade dos resultados analíticos; e
III – execução das análises de acordo com o planejamento estabelecido e com os requisitos deste regulamento.
Art. 9º O laboratório deve dispor de um profissional, de seu quadro de pessoal ou mediante contrato formal, para atuar como responsável pelo sistema de gestão da qualidade, com autoridade e responsabilidade definidas, para assegurar que este sistema seja implementado e seguido permanentemente.

Parágrafo único. O responsável pelo sistema de gestão da qualidade deve ter fácil acesso ao mais alto nível gerencial, onde são tomadas as decisões sobre as políticas e recursos do laboratório.

Art. 10. O laboratório deve possuir políticas, sistemas, programas, procedimentos e instruções para assegurar a qualidade dos resultados das análises.”

Para maiores informações, acesse: http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/
6a1f16004b571bb0bb0cbbaf8fded4db/RDC+11+de+16+de+fevereiro+de+2012.pdf?
MOD=AJPERES

Todas as informações foram retiradas do Blog da Prolab

Normas técnicas e de segurança para laboratórios

Infelizmente os laboratórios ainda são locais de trabalho com uma grande incidência de acidentes, sendo que, muitas vezes, esses acidentes podem ser realmente graves, ferindo ou contaminando inúmeras pessoas.

Assim, com intuito de minimização dos riscos de eventuais acidentes, faz-se necessário que todo laboratório em atividade siga as normas técnicas e de segurança estipuladas por nossa legislação.



Primeiramente, salienta-se que a concentração máxima é fator primordial de segurança quando da realização de quaisquer atividades em laboratórios. Assim como se atentar às seguintes normas:

• Não fazer uso de bebidas alcoólicas na realização de atividades laboratoriais.
• Não fumar nas dependências do laboratório.
• Sempre trabalhar com o avental fechado.
• Usar somente calçados fechados, sejam eles de couro ou similares.
• Não usar roupas de tecido facilmente inflamável.
• Utilizar todos os equipamentos de proteção indicados.
• Sempre usar óculos de segurança em locais onde seu uso é obrigatório.
• Não colocar, em hipótese alguma, materiais de uso laboratorial em gavetas de uso pessoal.
• Não levar as mãos aos olhos ou à boca quando da manipulação de produtos químicos.
• Lavar cuidadosamente as mãos.
• Jamais utilizar vidraria laboratorial como utensílio doméstico.
• Nunca se alimente nas salas laboratoriais.
• Não utilize lentes de contato em ambiente laboratorial.
• Não se exponha à radiações sem a devida proteção adequada.
• Certas combinações e dosagens bioquímicas podem se alterar na presença de luz de iodo, nesses casos, acenda a luz somente na hora de fazer a leitura.
• Laboratórios de bacteriologia devem ser limpos com solução de formol ao menos uma vez por semana.
• Ao coletar sangue, jamais deixe a seringa com ar dentro antes da realização da coleta, uma vez que pode ser fatal ao paciente.
• Materiais, após sua utilização, devem receber tratamento químicos antes de ser colocados na pia.
• Rotular, de forma imediata, todo reagente, solução, preparado ou amostras coletadas.
• Devem ser jogados no lixo somente os papéis e materiais usados que não apresentarem riscos.
• Do derramamento de produtos e reagentes, sua limpeza deve ser feita de forma imediata.
• No caso de derramamento de líquidos inflamáveis, proceder da seguinte forma:
  • interromper imediatamente o trabalho;
  • avisar sobre o ocorrido à todas as pessoas próximas;
  • efetuar ou solicitar a limpeza do mesmo de forma imediata;
  • alertar o responsável;
  • efetuar procedimento de verificação e correção do problema

Todas as informações foram retiradas do Blog da Prolab


Enterobius vermicularis

Balantidium coli

domingo, 10 de julho de 2016

Urina tipo 1

O exame de urina do tipo 1 é utilizado como forma complementar de diagnóstico e fornece informações importantes sobre algumas enfermidades e sobre a condição renal. Como via de excreção, a urina "traduz" o estado fisiológico do organismo, baseando-se nas suas características de quantidade, aspecto físico, presença ou não de elementos anormais e sua composição bioquímica.

Para a obtenção da amostra, preferencialmente no laboratório, deve-se coletar a primeira urina da manhã ou qualquer outra micção com intervalo mínimo de 2 horas sem urinar. Geralmente, a coleta é realizada no coletor universal, podendo variar se o paciente não tiver micção espontânea.

Aspectos físicos da urina

Amostra de urina.

Odor

A urina normal tem um odor característico devido à presença de uréia. Quando o odor é muito forte, deve-se suspeitar de alguma alteração, como uma urina muito concentrada ou uma provável infecção.


Cor

A cor normal da urina varia de claro (diluída) para amarelo escuro (concentrada).

Escala de cores da urina: de límpida à escura.

● Urina vermelha

Se a análise for positiva para sangue, indica que há presença de heme.

- A presença de eritrócitos no sedimento urinário indica hematúria.
- A ausência de eritrócitos no sedimento urinário pode indicar hemoglobinúria, mioglobinúria (rabdomiólise), lise de eritrócitos e urina alcalina (suspeitar se a densidade <1010 e/ou pH>8).

Se a análise for negativa para sangue, pode indicar porfíria ou a ingestão de alimentos que alteram a coloração da urina.


● Outras cores

◦ Laranja - rifampicina, fenazopiridina, caroteno.
◦ Amarela - bilirrubina
◦ Branca - piúria, quilúria, cristais de fosfato.
◦ Verde - azul de metileno, amitriptilina, propofol, aspargos, infecção por Pseudomonas spp.
◦ Preta - ocronose (alcaptonúria), melanoma.


Análise bioquímica (automatizada ou fita reativa)
Presença de sangue

A hematúria microscópica ocorre quando não há alteração visual na urina.
Pigmentos heme podem tornar o resultado positivo na ausência de hematúria.
O ácido ascórbico pode mascarar um resultado positivo de hematúria.


pH

O pH urinário normal varia de 5 a 7.


● pH inferiores a 5
- Dietas ricas em proteína.
- Acidose metabólica.


● pH superiores a 7
- Alcalose metabólica.
- Acidose tubular renal (distal).
- Infecção urinária (formação de amônia por ureases bacterianas).
- Urinas expostas ao ar por muito tempo, devido à perda de gás carbônico para o ambiente.


Densidade

É a análise do "peso" da urina em relação à água destilada pura, cuja densidade é 1000. Quanto mais próximo desse valor (1005, por exemplo), a urina estará mais diluída. Quanto mais distante desse valor (1035, por exemplo), mais concentrada.

- Em um paciente com oligúria, uma densidade >1020 sugere capacidade normal de concentrar a urina e insuficiência pré-renal (diminuição do fluxo sanguíneo renal), enquanto valores aproximados a 1010 sugerem perda da função tubular (necrose tubular aguda/lesão renal aguda).

- Em um paciente com hiponatremia, uma relativa alta densidade (>1010) sugere que o hormônio antidiurético (ADH) está sendo secretado. Já densidades <1010 podem indicar Diabetes insipidus.


Proteínas

As fitas reativas identificam primariamente a albumina. Urinas normais geralmente não possuem proteínas, mas algumas amostras muito concentradas podem indicar traços positivos em indivíduos saudáveis. Quanto o resultado é positivo, indica proteinúria e deve-se realizar a quantificação das proteínas. Os valores podem ser liberados em cruzes ou em números exatos.

● Inferior a 10 mg/dL - ausência de proteínas 
● 10 e 30 mg/dL - traços de proteínas
● 30 mg/dl - 1+
● 40 a 100 mg/dL - 2+
● 150 a 350 mg/dL - 3+
● Superior a 500 mg/dL - 4+


Glicose 

A urina normal não contém glicose, devido à reabsorção da glicose filtrada pelo túbulo proximal.

● Glicosúria com elevada taxa de glicose no sangue pode indicar Diabetes mellitus.

● Glicosúria com glicemia normal - glicosúria renal. 
• Isolada 
• Associada a outras disfunções tubulares proximais (fosfatúria, aminoacidúria, bicarbonatúria, síndrome de Fanconi). Deve-se excluir o mieloma múltiplo.


Cetona

Normalmente, não há corpos cetônicos na urina.

◦ Cetonúria sem cetoacidose - jejum, dieta com poucos carboidratos, ingestão de álcool.◦ Cetonúria com cetoacidose - cetoacidose diabética ou alcoólica. Em alguns pacientes com cetoacidose, a fita pode ser negativa devido à redução de acetoacetato a ß-hidroxibutirato.


Bilirrubina

Normalmente, não há bilirrubina na urina. Se estiver presente, pode sugerir doença hepatobiliar (falha na conjugação e/ou excreção de bilirrubina no intestino) ou hemólise (aumento da produção de bilirrubina do heme).


Urobilinogênio 

A bilirrubina é excretada da bile para o intestino, onde é metabolizado por micro-organismos em urobilinogênio. O urobilinogênio então é absorvido e parcialmente excretado na urina. Na presença da doença hepática, quantidades de urobilinogênio podem acumular no plasma e aparecerem na urina. A presença de bilirrubina sem urobilinogênio na urina sugere obstrução biliar.


Esterase leucocitária

É uma enzima proveniente de células brancas do sangue (leucócitos) e indica piúria com infecção do trato urinário (ITU) ou leucocitúria estéril.


Nitrito

As enterobactérias convertem nitrato urinário em nitrito, portanto um teste positivo sugere ITU. Porém, como nem todos os micro-organismos produzem nitrito, as ITU podem estar presentes com um resultado de nitrito negativo.


Análise microscópica


Eritrócitos

Sugere hematúria quando os valores são superiores a 5 eritrócitos por campo ou 10.000 células/mL.

Imagem: Manual of Nephrology.


Leucócitos

Sugere infecção ou piúria estéril. Na piúria estéril, deve-se excluir a nefrite intersticial. Outras causas incluem infecções não bacterianas, prostatite, nefrolitíase e glomerulonefrite. A eosinofilúria sugere nefrite intersticial.

Imagem: Studyblue.

Células epiteliais escamosas

A presença dessas células representa uma possível contaminação da amostra.

Imagem: University of Georgia Athens.

Bactérias
Indica uma possível infecção.

Imagem: Cornell University.

Leveduras

Podem indicar infecção ou contaminação. A presença de pseudomicélios sugere infecção. Os fatores de risco incluem cateteres, uso recente de antibióticos, imunossupressão e diabetes.

Imagem: University of Delaware.


Cristais

Os produtos residuais dissolvidos na urina podem se solidificar quando a concentração dessas substâncias aumenta ou quando o nível de pH é crescente em ácido ou base. Conhecidos como cristais, esses solutos são considerados normais na urina. Cristais na urina que não são de solutos habituais são considerados como cristais anormais e indicam alterações no processo metabólico. 

● Oxalato de cálcio: podem ser visualizados na urina normal, mas em grandes quantidades podem indicar pedras nos rins.

Imagem: Flickriver.

● Fosfato de cálcio: amorfo, forma-se em urinas alcalinas. Em grandes quantidades sugerem pedras no rins.

Imagem: Enjoypath.
● Ácido úrico: pleomórfico, forma-se em urinas ácidas. De coloração amarelo acastanhada, pode indicar pedras nos rins ou nefropatia quando em grandes quantidades.

Imagem: University of Nebraska Medical Center.

● Cistina: indica cistinúria.

Imagem: Bodieswelive.
● Fosfato de magnésio e amônio: indica a presença de cálculos renais.

Imagem: Kay Phillips.


Cilindros urinários


A formação dos cilindros ocorre no túbulo contorcido distal e no ducto coletor do rim, e requer a interação do pH, concentração, proteínas e outros elementos urinários.

● Cilindros hialinos são compostos principalmente por uma mucoproteína secretada pelas células do túbulo. Eles são formados em urinas concentradas e podem ser vistos em pequenas quantidades nos pacientes saudáveis. Grandes quantidades sugerem baixo fluxo urinário (estado pré-renal ou pós-renal). 

● Cilindros leucocitários indicam pielonefrite aguda ou inflamação nos rins (normalmente túbulo-intersticial).

● Cilindros granulares são inespecíficos, mas indicam doença renal. A lesão renal aguda (necrose tubular aguda) é caracterizada por cilindros granulares pigmentados.

● Cilindros de células epiteliais são vistos na doença renal aguda e crônica.

● Cilindros céreos são vistos na doença renal crônica.

● Cilindros de gordura podem ser visto na síndrome nefrótica. Sob luz polarizada, têm forma característica das "cruzes de Malta".

Cilindros urinários: A - Hialino; B - Hialino com gordura; C - Hialino/Granular; D - Celular; E - Celular/Granular; F - Granular; G - Celular fino; H - Celular/Céreo; I - Céreo (Imagem: meddic.jp).

Fonte: Hypertension, Dialysis and Clinical Nephrology (American Society of
Nephrology - ASN).

domingo, 3 de julho de 2016

Pêra: Pipetador por três vias

Também chamadas de pipetadores por três vias, as pêras de sucção são utilizadas para auxiliar na sucção de líquidos em pipetas. Elas têm a mesma função que um pipetador em plástico desmontável, mas seu formato lembra o de uma pêra — como o próprio nome sugere. São fabricadas em borracha e possuem três válvulas com esferas de vidro ou aço inox.

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As pêras de sucção são usadas em procedimentos laboratoriais para evitar que o usuário tenha contato direto com os líquidos manuseados. Antigamente, os líquidos eram sugados diretamente da pipeta, com a boca e, como alguns eram ácidos, o operador muitas vezes sofria danos como perda do paladar e deformações. A pêra de sucção instrumento serve justamente para proteger as pessoas durante o manuseio de líquidos perigosos.

O instrumento é composto de pipeta graduada (cilíndrica ou volumétrica) e pipetador (pêra de sucção). Por gerar uma pressão diferente da atmosférica, a pêra de sucção facilita a subida do líquido. Porém, para que ele seja escoado, o sistema precisa estar aberto.

O funcionamento de uma pêra de sucção se dá por meio de válvulas que possibilitam a retirada de ar de seu interior. Para utilizá-la, é necessário acoplar a pêra de sucção na extremidade superior da pipeta: esvazie a pêra, apertando tanto a válvula A quanto seu corpo. Para o líquido subir pela pipeta, aperte a válvula S. Para liberá-lo, aperte a válvula E, localizada na lateral, que permite descartar o líquido. Todas estas válvulas são identificadas.

Ao manusear uma pêra de sucção, recomenda-se a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), tais como óculos de segurança, avental, luvas e calçados fechados. Após o uso, retire a pipeta e a mantenha cheia de ar, guardando-a em local protegido.

Todas as informações foram retiradas do site Prolab


Tipos de Microscópios

Uma das mais importantes ferramentas da biologia moderna, os microscópios foram responsáveis por grandes descobertas relacionadas à vida. Estes aparelhos, que permitem a observação de materiais invisíveis a olho nu, possibilitaram ao homem explorar um mundo tão amplo e desconhecido quanto o próprio universo, proporcionando avanços nos conhecimentos sobre os seres vivos, nas pesquisas biomédicas e diagnósticos médicos.

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Desde sua invenção no século XVII, os microscópios passaram por evoluções que os tornaram mais potentes e precisos. Tecnologias ópticas especiais foram desenvolvidas para proporcionar uma observação mais clara e reveladora. Os aprimoramentos foram aplicados, principalmente, aos sistemas de iluminação e nos tipos de luz que atravessam os espécimes. Hoje, existe uma grande variedade de tipos de microscópio para diferentes tipos de aplicações, divididos entre três categorias principais: a microscopia de luz, microscopia eletrônica e a microscopia de ponta de prova.

Conheça um pouco sobre os tipos de microscópios existentes:

Microscopia de luz

Também chamada de microscopia óptica, a microscopia de luz combina métodos tradicionais de formação de imagem com princípios de aumento de resolução, permitindo a observação de detalhes de até 200 nanômetros. Os microscópios ópticos são, geralmente, utilizados em laboratórios de análises e se dividem em:

1. Microscópio ultravioleta
Neste tipo, utiliza-se a radiação ultravioleta, que tem um comprimento de onda para a luz visível, melhorando o limite de resolução.

2. Microscópio de fluorescência
A observação dos espécimes é feita através da fixação de substâncias fluorescentes (fluoro e cromos), que, ao receberem luz, podem ser observados através do brilho gerado.

3. Microscópio de contraste de fase
Transforma diferentes fases dos raios de luz em diferenças luminosas, permitindo a observação dos espécimes através do contraste gerado.

4. Microscópio de polarização
Constituído por dois prismas – um polarizador e outro analisador – este tipo de microscópio é utilizado na observação de materiais birrefringentes (estruturas anisotrópicas, com índices diferentes de refração como os ossos, músculos, fibras, cabelos, etc.).

Microscopia eletrônica

Os microscópios eletrônicos utilizam, em vez da luz, um feixe de elétrons, para iluminar a amostra, combinado a lentes eletrostáticas e eletromagnéticas. Sua capacidade de ampliação é superior a dos microscópios de luz, atingindo um nível de resolução de 0,2 nanômetros. Os tipos principais são:

1. Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV)
Capazes de produzir imagens em alta resolução, estes microscópios ampliam em até 100 mil vezes objeto e permitem obter imagens tridimensionais, sendo bastante utilizados para a observação da estrutura superficial da amostra.

2. Microscópio Eletrônico de Transmissão (MET)
Este tipo permite examinar detalhes ínfimos, ampliando o objeto em até um milhão de vezes. Seu funcionamento consiste na emissão de um feixe de elétrons que interage com a amostra enquanto a atravessa, formando uma imagem aumentada. Para a observação neste tipo de microscópio é necessário que o material seja cortado em camadas bem finas.

Ao contrário da microscopia óptica, este tipo não utiliza lentes de vidro, mas sim ponteiras de vidro com alta sensibilidade à superfície da amostra, permitindo a formação de uma imagem com informações tridimensionais.  Além da grande resolução, os microscópios que utilizam essa tecnologia podem medir características como dureza e elasticidade do material.


Todas as informações foram retiradas do site Prolab